segunda-feira, 30 de abril de 2012

um pensamento, um papel

Outro dia meu recebi um e-mail de um calendário de aniversários -feito há muitos anos atrás, quando eu ainda tinha tempo para calendários de aniversário- que me lembrava de mandar um cartão para uma pessoas que há muito tempo saiu da minha vida. Fiquei pensando como a vida dá voltas; a pessoa em questão foi há um tempo uma amiga bem próxima, que simplesmente sumiu sem dar explicações ou deixar rastros. Por curiosidade, procurei no facebook e, dessa vez, achei (na época ela apagou o extinto orkut, mudou o email, enfim...). E fiquei assim, por horas, relembrando quantas pessoas já tinham sido grandes companheiras e depois foram ficando a margem, por escolha delas ou minha, e a gente aos poucos foi perdendo contato. Algumas tiveram um motivo sólido e eu, rancorosa como sou, nunca consegui dar a elas abertura o suficiente pra voltarem a se aproximar; na verdade, abertura nenhuma. Outras, apenas foram se afastando, sem um motivo e, pensando nelas agora, não porque nos afastamos, eram pessoas que eu gostaria de ter por perto ainda.
Enfim, fiquei pensando o quanto era triste perceber que pessoas que um dia foram tão importantes na sua vida, agora não passavam de personagens secundários ou terciários, esquecidos na sua história. A vida continua, entra gente, sai gente... mas para mim, pior do que sair, são pessoas que um dia você pensou conhecer tanto, hoje você simplesmente não reconhecer mais. Não que seja ruim as pessoas mudarem, de jeito nenhum; o problema é quando a mudança não vem para melhor. Eu fico pensando, será que elas se arrependem? Sim, porque tem gente que faz cada barbaridade, cada traição com quem elas chamavam de amigo, que eu não sei como elas conseguem se olhar no espelho depois. É... é estranho como a vida se desenrola e embola as pessoas em você, ou depois simplesmente amassa e as deixa ali, prontas para serem arremessadas no balde de lixo que todo mundo tem na sua própria existência. Estranho...

Um comentário:

  1. Deu até um nó na garganta ao ler o post... Enfim, paro e penso nisso também. "Coisas da vida é mesmo assim."

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